quinta-feira, 6 de julho de 2023

ACONSELHAMENTO BÍBLICO: OS PRÍNCIPIOS BÁSICOS DO ACONSELHAMENTO PASTORAL

 

OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ACONSELHAMENTO PASTORAL.

Rev. João Ricardo Ferreira de França

Consideraremos agora os princípios básicos do Aconselhamento pastoral. Estes princípios precisam está claros diante de cada obreiro na obra do Senhor.

1  – O Fundamento do Aconselhamento pastoral:

            O conselheiro cristão Jay E. Adams nos lembra que “a base do aconselhamento cristão nada mais é, senão a Escritura do Antigo e Novo Testamento. A Bíblia é o livro texto do aconselhamento da igreja cristã”.[1] Esta concepção é pressuposta na leitura da Palavra de Deus em 2ª Timóteo 3.15-17. Onde o apóstolo Paulo revela a suficiência da Escritura para lidar com as questões do aconselhamento. Isto faz uma tremenda diferença.

2  – Princípios Básicos do Aconselhamento Pastoral:  

Os princípios básicos que encontramos para o aconselhamento pastoral certamente passam pelo crivo das pressuposições de que a Bíblia é a palavra de Deus.  E por isso, é importante o “treinamento teológico  e bíblico” por parte dos conselheiros[2], na maioria dos manuais sobre aconselhamento há uma ênfase humanista e secular sobre o que e aconselhamento pastoral e seus princípios, e pouco se focaliza nos pressupostos teológicos e bíblicos para uma ação eficaz no campo do aconselhamento.

Geralmente se estabelece como regra o ouvir o consulente, mas se levar em consideração o que as Escrituras tratam daquela patologia ou sintomática que o consulente trás à sessão de aconselhamento. Então os princípios básicos de todo aconselhamento pastoral deve ser o que a Bíblia fala a respeitos de doutrinas básicas e pressupostas nas Escrituras Sagradas, tais como: (1) Depravação  Total do homem – o homem nasce em pecado; (2) a Salvação é pela graça mediante à fé; estes princípios são norteadores se efetivamente buscamos mudanças no coração dos consulentes.

Atitudes de empatia são fundamentais também no processo do aconselhamento pastoral. Ouvir o consulente indagar e confrontar (caso use-se o método de nouthesia para o aconselhamento).

II – ACONSELHAMENTO: PROCESSOS E SEUS LIMITES.

Outro aspecto importante a ser considerando no Aconselhamento cristão é como lidar com o processo, limites e fronteiras neste campo. Consideraremos este tópico observando que os limites não se limitam apenas em ouvir ou expressar direção; mas trata-se de cum conjunto que aborda ambas as coisas.

Os limites estão baseados na quantidade de  informações que colhe-se na seção de aconselhamento, bem como na quantidade de informação que se tem para levar no ato do aconselhamento; estas informações, podem estabelecer o curso de ações e limitações, a saber: (a) As Escrituras; (b) as experiências pessoais; (c) as energias propensas do coração pecaminoso.[3] Ouvir o consulente de forma integral é o primeiro passo a ser praticado no processo do aconselhamento.

As fronteiras que precisam ser traçadas no aconselhamento pastoral devem ser aquelas que limitam entram na abordagem que concorre com a revelação de Deus nas Escrituras. Ou seja, a psicoterapia e psicologia – o conselheiro bíblico jamais deve fazer uso da abordagem delas.

II – O ACONSELHAMENTO CRISTÃO – E OS PRINCIPIOS PARA AJUDAR O CONSULENTE.

            Há uma variedade de princípios que podem ser usados no aconselhamento Bíblico, entretanto, há aqueles que são fundamentais para o desempenho do aconselhamento:

1.     Ouvir: É necessário estabelecer o principio de ouvir o consulente, isto possibilita a conhecermos mais os problemas enfrentados e oferecer uma diretiva para resolver;

2.     Demonstrar Interesse: É necessário o conselheiro ter interesse pelo seu consulente. Um interesse verdadeiro e eficaz.

3.     Tentar compreender: Uma das frustrações dos consulentes é a falta de empatia dos conselheiros que evitam querer compreender a sintomática que vive o consulente.

4.     Oferecer orientações bíblicas: O conselheiro é orientador nas Escrituras.



[1] ADAMS, Jay E. Teologia do Aconselhamento Cristão – Mais que Redenção. Tradução: Samuel Fernandes do Nascimento Jr. Eusébio, CE: Editora Peregrino, 2016, p.13

[2] ADAMS, Jay E. Manual do Conselheiro Cristão. Tradução: João Bentes, São José dos Campos, São Paulo: Editora Fiel, 1982, p.43.

[3] ADAMS, Jay E. Manual do Conselheiro Cristão. Tradução: João Bentes, São José dos Campos, São Paulo: Editora Fiel, 1982, p.33