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SÉRIE
DE EXPOSIÇÃO BÍBLICA:
Livro Estudado: Romanos
Rev. João Ricardo Ferreira de França.
Texto Bíblico: Romanos 2.1-3.
Introdução:
Chegamos agora o capítulo segundo
desta grandiosa carta. Vimos que Paulo encerra o conceito da universalidade do
pecado em termos gritantes no capítulo 1. Dos versos 18 a 32, revelando a
grande pecaminosidade no que tange aos gentios que não conheciam a Lei de Deus.
E agora estamos diante destes grandes textos da Palavra de Deus. Consideremos
por alguns estantes o contexto, Paulo descrevera em tons gravíssimo a
pecaminosidade dos homens; então, agora no verso primeiro deste capítulo Paulo
diz: “Portanto, és indesculpável, ó
homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti
mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. (Romanos 2:1 ARA)”.
E ai depois de Paulo falar sobre o
estado de pecado do gentio, parece que escuta alguém dizer: “Sim, Paulo eu
concordo com você! Amém, os gentios são torpes, são impuros e transformam a
verdade de Deus em mentira!” Paulo então, para e diz, ei você não entendeu o
que eu disse! Por que você se alegra pelo fato de que os gentios, conforme
retratei estão em pecado? O homem aqui certamente é uma referência aos judeus
neste texto.
I – NÃO HÁ INOCENTES DIANTE DE DEUS (vs.1)
A primeira coisa que Paulo faz é
mostrar que os judeus não estão sem culpa. Os judeus achavam que os gentios
eram de fato culpados de todos aqueles pecados que Paulo mencionara no capítulo
anterior, mas agora Paulo diz que os judeus não ficam se m culpa. Pois, sabemos
que em todo o Antigo Testamento o povo de Israel é retrado como um povo
rebelde, como um povo que naturalmente se inclinavam a outros deuses, eram
marcados por pecados igualmente terríveis, então quando eles julgavam aos
gentios também estavam se condenando; Paulo menciona um fato interessante no
verso 24 deste capítulo: “Pois, como está
escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa. (Rom 2:24 ARA)”
Era, precisamente este o ponto, pois, o apóstolo argumenta que os gentios blasfemavam
o nome de Deus por causa destes judeus que condenavam a idolatria, e que por
muitas, e muitas vezes eram acusados pelos profetas deste mesmo pecado.
Assim, de modo igual somos nós como
igreja, caímos na tentação de acusarmos os outros de seus pecados; e por várias
vezes, esquecemo-nos que somos pecadores de igual modo! Jesus ensinou
exatamente isso em Mateus capítulo 7. 1-2: “Não
julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes,
sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. (Mat 7:1-2 ARA)”.
Nós somos especialistas em condenar
o pecado na vida dos outros! Olhamos, muito para a natureza do pecado na vida
dos outros, mas esquecemos de olhar para nós, e para os nossos pecados;
lembrem-se, por exemplo, do caso de Davi em 2º Samuel capítulo 12. Natam conta
uma história de um homem rico que pegara a ovelha de um homem pobre para servir
apenas aos seus amigos igualmente ricos, Davi prontamente se encheu de ira, de raiva,
e disse que tal homem merecia a morte; então, Natan se vira diz: “Tu és este
homem Davi”!
Em caso simples, somos rápidos em
observar o pecado do outro, uma simples ovelha, mas quando se trata de tomar a
mulher alheia, quase sempre somos cegados pelo pecado, e assim, não vemos o
quanto pecado está envolto em nossa vida! Devemos ter cuidado ao lançarmos o
juízo sobre alguém. E isto nos leva para uma segunda verdade:
II – O JUÍZO DE DEUS É SEGUNDO A VERDADE
(vs.2)
“Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a
verdade contra os que praticam tais coisas. (Rom 2:2 ARA)”
O que Paulo quer nos ensinar neste
verso agora? Ele simplesmente que nos mostrar que o Juízo de Deus não é
conforme o padrão dos homens; não se assemelha aos dos homens. O julgamento do
homem nunca é verdadeiro. Nem sempre está de acordo com este padrão que é a
verdade! Os judeus pensavam que por ser povo de Deus jamais estariam debaixo da
ira de Deus. Paulo prontamente diz: parem, vocês sabem que é o juízo de Deus, e
este é segundo a verdade!
A verdade de Deus era o um tema
recorrente de Paulo em todas as suas epistolas considerem, por exemplo, o
capítulo 3 verso 4 de Romanos: “De
maneira nenhuma! Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem, segundo está
escrito: Para seres justificado nas tuas palavras e venhas a vencer quando
fores julgado. (Romanos 3:4 ARA)”
Notem que o foco de Paulo é colocar
e mostrar o contraste entre a verdade de Deus e a mentira dos homens; vejam,
muitas vezes julgamos alguém não alicerçado na verdade. Mas, muitas vezes
julgamos alguém nos simples prazer de condenar, e muito do que nós fazemos é
pura mentira, e não reflete a verdade de Deus.
O juízo de Deus é sempre segundo a
verdade. Isto porque muitos de nós podemos a cair naquela ideia de que se somos
eleitos de Deus, povo de Deus podemos pecar a vontade – mesmo que seja um
simples pecado, uma simples mentirinha! E achamos que os pecados mais
escabrosos estes devem receber o juízo
de Deus. Paulo diz que o juízo de Deus é segundo a verdade. A pureza e equidade
do ser de Deus exige um tratamento radical com o pecado, e a maneira disso ser
feito é com a verdade.
O juízo de Deus não tem padrões
diferentes é sempre o mesmo, os judeus é que faziam essas distinções! Mas, Deus
não faz isso, Deus não olha a aparência, o nome o povo judeu olhava a
nacionalidade e julgavam pela aparência e nunca segundo a verdade. Isso nos
leva para a terceira verdade importante:
III – A DENÚNCIA DO PECADO ALHEIO NÃO NOS
ISENTA DO JUÍZO DE DEUS(vs.3)
Tu, ó homem, que condenas os que praticam
tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? (Rom 2:3 ARA)
O
julgar de forma temerária pode nos torna em finos hipócritas! É exatamente isso
que Paulo nos fala aqui neste texto. Os judeus achavam que o simples fato de
condenar o não-judeu e reprovar suas vidas ímpias era suficiente para Deus está
em paz com eles, ou seja, Deus se tornara amigos do judeus, segundo eles
pensavam, pelo fato de os mesmos mostrarem a vida suja e torpe dos gentios,
todavia, eles mesmos faziam as mesmas coisas que os gentios faziam!
Somos, muitas vezes assim. Achamos
que se denunciarmos alguns pecados dos outros somente para aparecermos bem na
fita. Um exemplo claro disso é neste tempo de política. Os candidatos expõe os
pecados, e as falhas dos outros pelo simples fato de que quer o seu voto! Quer
está de bem o com o eleitor, mas não o faz por amor a verdade! Não o faz por
saber que é o certo a fazê-lo!
Os judeus agiam basicamente deste
modo, condenavam o pecado nos outros, e diziam que eles estavam perdidos, mas
nunca olhavam para si mesmos esqueciam-se de olhar para si mesmos! Paulo diz,
ora vocês pensam que podem julgar a prática pecaminosa dos outros e encontrar o
favor de Deus, a ponto de se esquivarem-se do juízo? Não. Se o julgar de vocês não
forem segundo a verdade – reconhecendo que vocês são também pecadores, e que
carecem da graça oferecida por Deus em Cristo Jesus, então Deus vos será por
inimigo e exercerá o juízo deles sobre cada um de vocês.
Aplicações:
1. Devemos
reconhecer que todos nós somos pecadores diante de Deus.
2. Há uma
necessidade de reconhecer que somente Deus é justo em todos os juízos que
executa sobre os homens.
3. E que devemos
ser justos no julgar, e fazê-lo por amor a verdade de Deus!.
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