Baixe o PDF aqui: https://mega.nz/#!iQQw0A6D!vsJpOIzjoTFe2NzPFCDidjCSWngoaxWhMIRaILxeQrM
A INTENÇÃO DIVINA AO TRAZER A EXISTÊNCIA O SHABATH
Texto: Gênesis 2.1-3.
Rev. João Ricardo Ferreira de França
Introdução:
- A
questão que devemos considerar agora, diz respeito a ideia de qual dia deve
ser guardado, ou ainda, o que Deus tencionava fazer ao criar do dia de
descanso?
- É
Sábado ou domingo? Qual o dia a igreja deve observar e guardar?
- A
Bíblia ensina que devemos guardar um dia em sete? Ou será que todos os
dias são dias do Senhor para fins de adoração?
- Quando
a igreja Cristã afirma ser o domingo o Dia do Senhor, o faz como uma
questão de mera necessidade para renuir-se?
- Há
muitos que seguem a posição de que o domingo não é shabbath cristão. Esta
posição é correta?
I – O SHABATH E A LEI DE DEUS.
Uma
das grandes dificuldades que hoje encontramos sobre a verdadeira observância do
Shabbath Cristão está na falta de
compreensão da relação entre o dia de descanso
e a Lei de Deus. Dentro desta perspectiva devemos lembrar que há três
aspectos da Lei: Moral, cerimonial e civil.
A lei Moral serve para deixar claro
ao homem seus deveres, mostrando suas necessidades e revelando-lhe o certo e o
errado, o bem e o mal; a lei cerimonial envolve as cerimônias religiosas,
apontando para a santidade de Deus, considerada como uma lei positiva; e a lei
civil era a reguladora da sociedade no estado Teocrático de Israel[1]
Uma vez considerada essa tríplice
divisão da lei surge-nos uma questão: Onde o Shabbath Cristão se encaixa? O
sábado se insere em qual aspecto da Lei de Deus. A Nossa Confissão de Fé nos
ajuda neste particular.
- A Confissão de Fé de Westminster e
Shabbath Cristão:
VII - Como é lei da natureza que, em geral, uma devida
proporção do tempo seja destinada ao culto
de Deus, assim também em sua palavra, por um preceito positivo, moral e
perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus
designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso)
santificado por Ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo,
esse dia foi o último da semana; e desde a ressurreição de Cristo foi mudado
para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado Domingo,
ou dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado
cristão.[2]
- Compreendendo a posição confessional:
Nesta proposição confessional percebemos que o Shabbath pertence a um preceito ‘positivo, moral e perpétuo’. O que
isso significa? Uma lei positiva é um mandamento divino que não é moralmente
necessário (isto quer dizer que aquilo que é ordenado não é moralmente certo ou
errado). Por exemplo, Adão e Eva receberam o mandamento de não comer da árvore
da ciência do bem e do mal. Não implicava em ser algo moralmente errado comer
do fruto – o mandamento estava vinculado a obediência e disposição deles em
obedecer.
Assim quando consideramos essa questão quanto ao sábado, no que diz
respeito o dia, não era algo necessariamente moral guardar o dia da semana, o
sábado poderia ser celebrado em outro dia, um exemplo estava na festa de
pentecostes (Lev. 23.16,21).
Mas, também temos aqui um preceito “moral e perpétuo” isto quer dizer que
este mandamento aporta para a natureza moral de Deus e o nosso relacionamento
com ele, e isto não pode ser alterado. O princípio de um dia especial para a
adoral é uma obrigação moral e perpétua!
II – O SHABATH COMO DESCANSO DE DEUS.
Aqui em Gênesis 2.1-3 temos algumas
verdades que precisam ser pontuadas sobre a intenção original de Deus em trazer
à existência o sábado. Devemos levar
em consideração dos aspetos ao considerarmos este texto:
- Deus declara que a sua obra estava
completa:
Este é o
princípio claro e estabelecido no texto sagrado. Isto é notado aqui em Gênesis
2.2: “E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou
nesse dia de toda a sua obra que tinha feito.” Norte que o vocábulo “sábado” é
derivado do verbo “descansou” que aparece aqui [שָׁבַת] – quando se diz que ele descansou está
associado ao cessar a sua obra criadora. Ele completara toda a obra de sua
criação (Gênesis 2.1). Aqui o descanso de
Deus não significa que ele deixara de trabalhar. Aprendemos no evangelho que Deus continua a
trabalhar (João 5.17), e isto ele, o faz por meio de sua providência.
- Deus descansou com a finalidade de
expressar deleitoso prazer em sua obra criada:
Este é outro princípio importante sobre a questão do sábado ou descanso
de Deus no pós-criação. Moisés o expressa de forma bastante interessante em
Êxodo 31.17 – a palavra alento que aparece aqui em nossa tradução; tem o
sentido de contentar-se; de alegria. Ou seja, Deus descansou em profunda
alegria em ver a perfeição de sua obra.
- O Descanso de Deus é um emblema
escatológico para o homem:
Ao descansar Deus oferece ao homem (Adão) e seus descentes a vida! Esta
vida em descanso eterno, se Adão não tivesse pecado, ele gozaria plenamente da
comunhão com Deus e teria imenso deleite no dia de Descanso.
III – A SANTIFICAÇÃO DO DIA DE DESCANSO.
O
nosso texto também carreta um elemento importante. A Santificação do dia. É
importante ao homem. Pois, aqui Deus separa o dia como um memorial da criação;
como um dia em que ele descansou.
Deus também abençoou este dia. Neste
dia Deus se encontra com o seu povo para abençoar fazendo lembrar que há uma
jornada de trabalho a ser cumprida, mas há um repouso garantido; e por isso, ao
se encontrar com Yahwer o Deus pacto o povo recebe as bênçãos de Deus. Este é o
mandato espiritual que Deus outorga ao homem.
Conclusão:
Como Igreja de Cristo precisamos
olhar para Gênesis 2.1-3 e entender que observância do descanso reporta-se de
forma singular para três ideias importantes:
- Deus
é soberano sobre a obra da criação.
- Ele
nos deu um jornada de trabalho
- Que
Ele nos concede um descanso para termos intima relação com ele
Nenhum comentário:
Postar um comentário